Ideais Iluministas que contribuíram com as revoltas no Brasil.
O Iluminismo do século XVIII inspirou o pensamento liberal que alimentou os processos de independência nas Américas. No caso do Brasil, aquelas ideias orientaram todas as conspirações e movimentos voltados para a ruptura do domínio lusitano sobre a colônia. Assim, a Inconfidência Mineira de 1789, a Conjuração Fluminense de 1794, a Revolta dos Alfaiates de 1798 na Bahia e a Revolução Pernambucana de 1817 se constituíram nos principais movimentos políticos influenciados pelos ideais iluministas e que culminaram na Independência proclamada em 1822.
As principais ideias iluministas que influenciaram os inconfidentes foram:
- Fim do colonialismo;
- Fim do absolutismo;
- Substituição da monarquia pela República;
- Liberdade econômica (liberalismo);
- Liberdade religiosa, de pensamento e expressão.
Mesmo não obtendo o sucesso desejado, que seria a Independência do Brasil, os inconfidentes conseguiram difundir ainda mais as ideias do iluminismo entre as camadas urbanas da sociedade brasileira. Os ideais iluministas foram de fundamental importância na formação política do Brasil.
Inconfidência Mineira x Conjuração Baiana
Ao longo do século XVIII, observamos o desenvolvimento de diversas situações de conflito envolvendo os colonos brasileiros e a administração metropolitana. Nessa época, a ampliação dos impostos, o rigor da fiscalização decorrente da exploração aurífera e a decadência do açúcar foram alguns dos motivos que cercaram a ocorrência dessas revoltas. Para alguns, isso indica o desenvolvimento de um processo que contribuiu para o processo de independência brasileiro.
Mesmo parecendo plausível, devemos assinalar que o reconhecimento de um processo se torna um tanto quanto complicado ao analisarmos a natureza e as diferenças que marcaram cada uma dessas rebeliões coloniais. Entre outros casos, podemos notar que a contraposição entre a Inconfidência Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798 oferece ricos dados na compreensão dessas diferenças que vão contra a ideia de um processo em desenvolvimento.
Assim como a grande parte de nossas revoltas coloniais, as revoltas, mineira e baiana, foram alimentadas por membros da elite insatisfeitos com a ação metropolitana em cada uma dessas regiões. No caso de Minas, os mineradores de Vila Rica e outros membros da elite mostravam-se insatisfeitos com a política fiscal e a cobrança da derrama. Por outro lado, a cidade de Salvador era palco de uma grave crise econômica que se arrastava desde a crise do açúcar e a transferência da capital para o Rio de Janeiro.
Além disso, devemos notar que os participantes dessas mesmas revoltas estiveram diretamente influenciados pela ideologia iluminista. Mais uma vez, notamos o caráter elitista de tais movimentos, os quais eram sustentados por uma elite letrada e, em alguns casos, instruída nas universidades europeias. Sendo assim, observamos que a origem social, análoga a esses movimentos, viria a empreender a busca por objetivos próximos em cada um deles.
No entanto, a despeito de um projeto de nação independente, vemos que a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira não se separaram apenas por um hiato temporal. A falta de comunicação entre os centros de colonização e a ausência de um sentimento nacional anula qualquer possibilidade de se considerar que tais revoltosos se sentiam integrantes de uma nação que merecia a sua independência. Na maioria dos casos, a autonomia era projetada em esfera local.
Entre tantas proximidades, vemos que a questão da escravidão acabou sendo o ponto que veio a estabelecer uma diferença entre essas duas revoltas. No caso mineiro, a limitação do movimento às discussões de uma elite enriquecida acabou fazendo com que a escravidão não entrasse em sua pauta, já que o fim desta prejudicaria boa parte dos inconfidentes. No caso baiano, a divulgação de panfletos acabou disseminando a causa emancipacionista entre setores populares e favoráveis à abolição.
Assim que a Conjuração Baiana ganhava contornos mais radicais e populares, os líderes intelectuais da causa acabaram se afastando do movimento. Talvez, assim como os inconfidentes mineiros, eles temiam os efeitos de uma revolta emancipacionista conduzida pelas camadas menos favorecidas da população. Por fim, vemos que a revolta baiana se diferenciou da conspiração mineira assim que os agentes sociais de cada acontecimento se diferiram em suas origens e interesses.
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Agora é com Você!
1. Quais as principais ideias iluministas que influenciaram os inconfidentes?
2. Quando ocorreu a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana?
3.Qual a diferença entre Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana em relação da abolição da escravatura?
4. Quais foram os principais movimentos políticos influenciados pelos ideais iluministas?
2. Quando ocorreu a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana?
3.Qual a diferença entre Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana em relação da abolição da escravatura?
4. Quais foram os principais movimentos políticos influenciados pelos ideais iluministas?
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Correção das atividades da aula anterior 006
1. Explique o que foi a Revolução Francesa.
Foi um período de intensa
agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história
do país e, mais amplamente, em todo continente Europeu.
2. Quando e onde
iniciou a Revolução Francesa?
Ocorreu no ano de 1789
na França.
3. O que os jacobinos defendiam nas suas
idéias?
Defendiam uma ampliação
da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da
alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca.
4. Quando a Monarquia
Constitucional chega ao fim, e como isto ocorreu?
O Rei e sua esposa, Maria
Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia
Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
5. Qual o nome do rei e
da rainha que tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina?
Luís XVI, e sua esposa,
Maria Antonieta, foram guilhotinados pelos revolucionários.
6. O que foi o Período
Napoleônico?
Período Napoleônico foi um período
que durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao
passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo, comandado
por Napoleão Bonaparte.
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