Correção da segunda semana do Portfólio.
1. Letra D
4. Letra D
5. Letra D. No campo econômico, um novo produto estabeleceu-se como principal artigo econômico do Brasil: o café. O cultivo do café prosperou inicialmente na região do Vale do Paraíba fluminense e paulista. Com o sucesso dessa atividade no Brasil, as áreas produtoras de café expandiram-se para a região do Oeste Paulista, que também prosperou rapidamente.
6. O motor do abolicionismo foram as ações dos escravos, como as fugas e a formação dos quilombos, as rebeliões, a ocupação de terras livres pelos fugidos, a insubmissão das regras de trabalho nas fazendas, demonstrando o protagonismo dos africanos escravizados em seu processo de libertação. Estudos historiográficos das últimas décadas do século XX e de início do XXI apontam a existência de um forte movimento de luta contra a escravidão realizada pelos próprios escravos, a força de trabalho que durante quatro séculos criou as riquezas no Brasil.
7. Resposta pessoal. Democracia racial é um termo que diz respeito a uma suposta igualdade entre raças diferentes, mostrando-se como algo distante de ser alcançado ainda no século XXI. Falar em democracia racial é complicado.
8. LETRA B - Kalunga era habitado pelos africanos desde os tempos dos Jesuítas e pode ser tão antigo quanto a capitania de Goiás.
9. a) F; b) V; c) V; d) V
10. Resposta Pessoal.
Construção da
identidade brasileira
A construção da identidade brasileira constituiu-se como
um processo histórico, cultural e político desde a Independência, em 1822. Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que
também é chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma
coesão social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo o
território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina administrativa
comum a todo o território nacional foi um primeiro passo na construção da
identidade.
Contribuiu
ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua portuguesa
ser comum a todo o território, apesar de suas particularidades regionais. A
língua seria então um elemento no conjunto de elementos culturais comuns
que são constitutivos da cultura nacional. O Brasil é conhecido por ser um país
multiétnico. São colocados como os principais elementos formadores da
construção da identidade nacional Brasileira, uma formação étnica que possui
como principais elementos o negro africano, o indígena nativo e o branco
europeu.
Porém,
durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na
construção da identidade nacional, a não ser a formação de forças repressivas
militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo o
território nacional. Os conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830
e 1840 eram um obstáculo à integralidade territorial e à coesão social do país
recém-independente.
A
forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a violência
repressiva do Estado contra conflitos sociais que pretendiam alterar a ordem
vigente passou também a ser constitutiva da identidade nacional. A cultura da
violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional.
Ainda
durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção
identitária. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em
1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que
estariam relacionados à nação brasileira.
Anos
depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo
buscou também contribuir com a construção dessa identidade. As obras de José de
Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação brasileira às suas belezas
naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da
nação brasileira. Esse trabalho literário e cultural buscava criar uma
interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras.
Apesar
dessas tentativas de unificação de elementos culturais do que seria a
brasilidade, a grande extensão do território nacional e suas diferentes formas
de ocupação resultaram em uma diversidade de manifestações culturais regionais.
A Proclamação da República e o federalismo instituído na administração do
Estado espelharam um fortalecimento de movimentos culturais regionais, principalmente
os ligados à decadente aristocracia das regiões não afetadas pelo crescimento
econômico de início do século XX. Um exemplo foi o Manifesto Regionalista de
Gilberto Freyre, publicado em 1926.
Porém,
ao mesmo tempo, houve esforços para a criação de símbolos culturais nacionais,
como a mitificação da figura de Tiradentes como um herói libertador do Brasil.
O Movimento Modernista da década 1920 buscava também encontrar as raízes da
sociedade brasileira, afirmando o nacionalismo como um estágio para se chegar
ao universal. Para alcançar essa pretensão, Mário de Andrade realizou uma
extensa viagem pelo Brasil, pesquisando, compilando e estudando os elementos
que faziam parte da cultura brasileira.
Um
esforço nacional estatal para a difusão de uma cultura brasileira comum iria se
fortalecer após a Revolução de 1930. A chegada de Getúlio Vargas ao poder
representou um novo momento de centralização política, auxiliado pela criação
de instituições que pretendiam uniformizar práticas administrativas, como o
Ministério do Trabalho e a política de oferecimento de uma educação básica
comum. Neste último caso, a padronização dos currículos escolares buscava
veicular um conteúdo nacional via processo educativo institucional, levando
ainda a uma erradicação dos traços culturais das minorias étnicas que não eram
aceitos como componentes identitários.
Vargas
utilizou também os novos meios de comunicação, principalmente o rádio, para
difundir essa cultura nacional uniformizada. Passaram a ganhar contornos de
representação cultural nacional o samba, o futebol e pratos culinários. No
exterior, existiu também uma tentativa de criar uma imagem da cultura nacional,
da qual Carmem Miranda é a principal expressão.
Entre
as décadas de 1940 e 1960, a construção da identidade nacional passou a ser
realizada levando em consideração a luta contra o que era considerado uma
influência colonial, do que era vindo da Europa ou dos EUA. A partir da década
de 1960, com a ditadura militar e sua centralização autoritária e repressiva,
aliadas à difusão da televisão pelos domicílios, um novo momento de difusão de
elementos culturais foi conhecido. As telenovelas passaram também a auxiliar na
exposição de práticas sociais consideradas expoentes da brasilidade.
Só que a partir desse período, a entrada cada vez maior do capital estrangeiro na economia e a apresentação de um ideal de modo de vida cada vez mais próximo do estadunidense influenciaram o processo contínuo de formação da identidade nacional, momento ainda vivenciado no século XXI
Atividades
1. Faça uma análise da imagem e do
texto a seguir e responda:
“Isto quer dizer que a construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação. As pessoas se tornavam cidadãs à medida que passavam a se sentir parte de uma nação e de um Estado. Da cidadania como a conhecemos fazem parte então a lealdade a um Estado e a identificação com uma nação. As duas coisas também nem sempre aparecem juntas. A identificação à nação pode ser mais forte do que a lealdade ao Estado, e vice-versa. Em geral, a identidade nacional se deve a fatores como religião, língua e, sobretudo, lutas e guerras contra inimigos comuns. A lealdade ao Estado depende do grau de participação na vida política. A maneira como se formaram os Estados-nação condiciona assim a construção da cidadania.”
a) Você se identifica com a imagem acima?
b) O que a imagem quer dizer sobre a
identidade brasileira?
c) O que é identidade para você?
d) O que é “ser brasileiro”?
2. A construção da identidade
brasileira constituiu-se como um processo histórico, cultural e político desde
a Independência, em 1822. Sobre a Identidade Nacional Brasileira marque (V) Verdadeiro
e (F) Falso/Fake:
a) ( ) Contribuiu ainda para a existência da
identidade nacional o fato de a língua portuguesa ser comum a todo o
território, apesar de suas particularidades regionais.
b) ( ) Durante o Primeiro Reinado e o Período
Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade nacional a não
ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem
latifundiária e escravocrata em todo o território nacional.
c) ( ) A cultura da violência estatal permeou desde
o início a formação da identidade nacional.
d) ( ) No âmbito da Literatura, o surgimento do
Romantismo atrapalhou e vulgarizou bastante a construção dessa identidade
3. O Brasil é conhecido por ser
um país multiétnico. São colocados como os principais elementos formadores da construção
da identidade nacional Brasileira
a) (
) os imigrantes árabes, japoneses, italianos e alemães.
b) (
) imigrantes italianos, espanhóis
e os imigrantes árabes.
c) ( ) Astecas, imigrantes árabes e os imigrantes
japoneses e italianos.
d) (
)os nativos brasileiros – os indígenas, os europeus brancos e os
africanos, povo que aqui foi escravizado.
Textos e atividades retiradas do Portal Escola
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